Memórias espirituais

A autobiografia de Jimmy Carter, Prêmio Nobel da Paz 2002, apresenta um ex-presidente na intimidade de seus pensamentos.

A autobiografia de Jimmy Carter, Prêmio Nobel da Paz 2002, publicado pela Editora Mundo Cristão com o título Jimmy Carter, Memórias espirituais, apresenta um ex-presidente na intimidade de seus pensamentos. O livro poderia ser considerado uma autobiografia espiritual se não fosse o relato da vida de um homem que marcou profundamente o cenário político deste século, alguém que não teve e não tem medo de mostrar suas fraquezas, limitações e dificuldades em lidar com o poder e com seu cotidiano. O ex-presidente norte-americano Jimmy Carter ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2002, por seus esforços infatigáveis em busca de uma solução pacífica para os conflitos internacionais, pela democracia, direitos humanos e o desenvolvimento econômico e social. No livro o ex-presidente revela seus conflitos interiores quando de decisões que favoreciam seu país, mas prejudicava outros e diz que o segredo do seu sucesso é a fé cristã que o tem capacitado a passar por todas as lutas, e nos últimos anos ter alcançado reconhecimento político como um dos mais respeitados pacificadores do mundo. Ao eleger Carter para o Prêmio Nobel da Paz, o Comitê Nobel Norueguês citou sua contribuição aos acordos de Camp Davis entre Israel e Egito episódios citados no livro e seu trabalho na mediação de conflitos e na promoção dos direitos humanos ao redor do mundo desde que deixou a Casa Branca. Derrotado pelo republicano Ronald Reagan na eleição presidencial de 1980, Carter voltou para a vida civil na Georgia, onde fundou o Carter Center para promover resolução de crises e direitos humanos. Em Memórias espirituais, Carter compartilha plenamente o significado pessoal desta crença baseada nas Escrituras Sagradas e imbuído da visão de como uma fé dinâmica pode enriquecer nossas vidas e busca resgatar este valor, que muitas vezes se extingue frente às pressões de cada dia. Ao mesmo tempo, não esconde neste relato suas guerras familiares com sua esposa, Rosalyn, no início do casamento e a maneira autoritária com a qual tratava os três filhos.