Igreja, acabou?

A leitura de Atos 2.42-47 e 4.32-35 nos proporciona um relato completo e apaixonado da experiência da gênese da igreja. Diante desses textos, não há como não ficarmos emocionados e, ao mesmo tempo, perturbados. Ficamos emocionados por ver a igreja no esplendor de sua juventude, valorosa e íntegra, [...] um corpo de homens e mulheres comum e unido em uma comunhão invencível jamais vista na terra. Ficamos, no entanto, perturbados por sabermos que essa é a igreja como ela deveria ser: igreja vigorosa e flexível, pois naqueles dias ela ainda não se tornara opulenta e sem fôlego, por causa da prosperidade, ou paralisada pelo excesso de organização. Aquelas pessoas não praticavam ?atos de fé?- elas criam; não recitavam oração ? elas oravam de verdade.

Não faziam palestras sobre medicina psicossomática, mas simplesmente curavam os enfermos. A igreja, para merecer o título de cristã, precisa ter essa descrição em mente, não para repetir as formas adotadas pelos cristãos apostólicos, porque estas não dá para repetir, mas para viver os princípios que moveram a vida desses nossos pais.