Esta é a 2ª edição do livro (Originalmente publicado com o título: Vícios - Um banquete no túmulo). Ao traduzir literalmente a palavra utilizada pelo autor pela nossa palavra vício percebemos que muitos se distanciaram da leitura por interpretarem vício pelo viés do entendimento secular. Concluíram, então, que o livro nada teria a acrescentar ao que já se conhece a respeito. Vício, porém, é uma palavra ambígua, pois tende a nos remeter mais à herança genética, histórico familiar, ambiente e biologia, do que ao relacionamento do homem com Deus. Situar, porém, o vício em algum ponto distante do relacionamento de uma pessoa com Deus é pavimentar uma estrada de dor e desesperança.
A fim de que não fique nenhuma dúvida acerca do sentido que o Dr. Edward Welch pretendeu dar ao termo vício, optamos por, nesta edição, intercambiar os termos vício e viciado com hábito escravizador e escravizado respectivamente. Seguindo a consideração do autor, o termo vício tem conotações populares, confundindo categorias de doença com pecado, estabelecendo assim ambiguidades. Utilizaremos, portanto, os termos hábito escravizador e escravizado intercambiados com vício e viciado para enfatizar que o mais profundo problema do homem é o pecado, e que há implicações diretas no relacionamento com Deus.
O autor trata da questão do vício ou hábito escravizador por uma perspectiva bíblica, profunda e equilibrada. Ele nos redireciona de um entendimento puramente horizontal da experiência com o hábito escravizador, isto é, do homem para com aquilo que o domina, para uma perspectiva vertical, do homem para com Deus. Dessa maneira, vício ganha novos entendimentos que nos remetem à Palavra de Deus. Dr. Welch tira os nossos olhos do vício como sendo apenas aquilo que nos domina quimicamente e lança novos olhares sobre a palavra definindo-a como desejos intensos e desordenados por chocolate, exercícios físicos, cocaína, compras, pornografia, TV, álcool, fama, sucesso, sejam eles quais forem. O resultado é que vício ou hábito escravizador, na abordagem do autor, é em sua essência, idolatria, e, portanto, relaciona diretamente o homem a Deus. Neste sentido, uma vez que hábito escravizador está inseparavelmente ligado ao relacionamento do homem com Deus, a solução para o seu problema passa pela cruz de Cristo, pela Palavra de Deus, por submissão, arrependimento, confissão, entrega pessoal ao Senhor e renúncia.