É conhecido o ditado que diz que quem conta um conto aumenta um ponto ? uma menção à tendência humana ao distanciamento gradual da história original.
De fato, quando se compara o primeiro relato à última versão, muitas vezes os dois não têm absolutamente nada que ver. Assim é com a história humana contada da perspectiva bíblica. A origem de tudo, no Jardim do Éden, relato encontrado nos dois primeiros capítulos de Gênesis, é uma; aquela na qual vivemos, outra, e bem distinta.
Nos últimos milênios, o homem perdeu ? até em decorrência da Queda ? o sentido original pretendido pelo Criador. Todo o significado desse processo tortuoso, que envolve o amor do Criador, a derrocada pelo pecado e a oportunidade de redenção, é o tema central do professor Heber Carlos de Campos em sua série O Habitat Humano, composta por três volumes: O paraíso criado; O paraíso perdido e O paraíso restaurado.
Neste primeiro volume, o autor explora elementos fundamentais para a compreensão das implicações mais abrangentes e as ramificações mais profundas daquilo que os primeiros dois capítulos de Gênesis descrevem como o habitat do homem.
Segundo o autor, não há muito sentido em estudar a respeito do homem sem estudar sobre o lugar onde Deus o colocou desde o início dos tempos ? por isso, Heber Campos enfatiza que a expectativa do Criador em relação ao homem que criou pode ser vista nas características gerais e nos detalhes específicos do ambiente onde os primeiros seres humanos foram colocados.
Um habitat especial e idílico, preparado de modo a indicar a presença e realidade do Criador e a comunidade criada entre todos os seres vivos, fruto de sua obra criadora.
Mais que isso: de acordo com o livro, o modo como agimos, pensamos ou falamos também anuncia essa relação entre as partes. Dessa forma, o jardim, este habitat original no Éden, refletia a natureza humana de maneira original, de acordo com a boa proposta do Senhor ? um plano perfeito que, comprometido pela transgressão da principal das criaturas de Deus, teve de ser reorganizado em torno do segundo Adão: Cristo.